Liderar em tempos de transformações velozes não é fácil. Agilidade, nesse contexto, figura como uma das características mais valiosas. Consultores da McKinsey destacam práticas para se desenvolver como um líder ágil.
Em tempos de transformações constantes e velocidade na inovação, a agilidade é uma ferramenta necessária para se adaptar e conseguir agir. Isso torna-se ainda mais verdadeiro para quem está em posições de liderança, em que orientar, tomar decisões e criar estratégias (para sobreviver e prosperar) são práticas frequentes.
“Desenvolver esse tipo de agilidade interna não é fácil. De certa forma, vai contra nossa própria natureza, que quer simplificar um problema aplicando nossa mentalidade”, destacam Sam Bourton, cofundador e CTO da QuantumBlack e as consultoras Johanne Lavoie e Tiffany Vogel. Os três, que atuam na McKinsey & Company, explicam cinco práticas para se tornar um líder ágil em artigo no site da consultoria estratégica global.
Segundo eles, cinco práticas contribuem para a formação da mentalidade necessária para liderar com as mudanças rápidas de hoje. “Juntos, podem ser os blocos para construir sua agilidade pessoal.” Não são comportamentos fixos, mas podem servir como referência para o desenvolvimento como líder. Para isso, no entanto, é preciso se dedicar a elas com disciplina.
#1 Pausar para se mover mais rápido
Fazer uma pausa enquanto permanecer envolvido na ação é um passo contra-intuitivo que pode servir para criar o espaço necessário para um julgamento claro, que antecede uma ação rápida e intencional.
#2 Abraçar o que desconhece
“Boas ideias podem vir de qualquer lugar, os concorrentes podem emergir de indústrias vizinhas e um único produto de tecnologia pode reformular seu negócio”, afirmam os consultores. Por isso, saber ouvir – e refletir – é valioso para encorajar a descoberta de pontos inesperados e inovadores.
#3 Reformular (radicalmente) as perguntas
“Uma maneira de discernir os padrões complexos que dão origem a problemas e janelas de possibilidades emergentes é mudar a natureza das questões que nos perguntamos. Fazer perguntas desafiadoras pode ajudar a desbloquear o modelo mental existente.”
#4 Definir a direção, não o destino
Em uma era de complexidade, nos mais diversos níveis, as soluções raramente são diretas. Então, em vez de orientar o time a seguir do ponto A para o B, junte-se a ele em uma trajetória que tem uma direção geral definida. Segundo os consultores, isso significa liderar a si e a equipe com visão intencional e não apenas objetivos.
#5 Testar as soluções – e a si mesmo
A última das práticas para se tornar um líder ágil é se lembrar que falhas rápidas e baratas podem evitar grandes desastres. Esse princípio fundamental do Vale do Silício é tão verdadeiro para você quanto para a sua empresa. Pensar e agir como uma “cobaia” ajuda a tornar a tarefa de liderar uma empresa ágil e em constante mudança, animador, e não aterrorizante.
Material retirado de Na Prática: https://www.napratica.org.br/mckinsey-praticas-para-se-tornar-um-lider-agil/